Segundo o Ministério da Saúde, o número de fumantes no Brasil reduziu em 36% (de 15,7% para 10,1%), entre 2006 e 2017. Embora a redução seja significativa, ainda não se reflete na saúde do brasileiro. Segundo o Dr. Rafael Klas da Rocha Leal, pneumologista do Centro de Especialidades Médicas Ecoville (CEME), as doenças mais graves, decorrentes do tabagismo, geralmente demoram anos para se manifestar e, por isso, ainda não é possível observar mudanças no cotidiano dos consultórios médicos. Além disso, o médico faz outro alerta importante: nos últimos anos vem se observando um aumento progressivo no tabagismo entre jovens e crianças.
O tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Não é à toa, pois predispõe o indivíduo a um grande rol de doenças, cujo riscos aumentam com o passar dos anos e conforme o volume de cigarros consumidos. Quando um indivíduo começa a fumar não percebe muitas alterações em sua saúde, fator que fomenta ainda mais o vício. Porém, a médio e longo prazo as consequências podem ser muito graves: desde perda de fôlego e redução do paladar até doenças respiratórias como enfisema pulmonar, infarto agudo de miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e câncer de pulmão, boca, língua, esôfago e estômago, entre outras doenças.
Não são apenas os fumantes quem sofrem as consequências do tabagismo: familiares e pessoas próximas também são afetadas, os chamados fumantes passivos. A fumaça da queima do cigarro contém mais substâncias nocivas do que aquela inalada pelo fumante. Crianças expostas a esta fumaça sofrem principalmente com infecções respiratórias. Já as gestantes, correm maior risco de parto prematuro e adultos também podem desenvolver problemas respiratórios, enfisema, câncer de pulmão e infarto agudo de miocárdio.
Os motivos para combater o tabagismo são inúmeros e, embora a mudança no hábito não seja tarefa fácil, existem muitas opções de tratamento. “O primeiro passo é o fumante realmente decidir parar de fumar, pois nenhum tratamento será efetivo sem força de vontade e determinação”, comenta o pneumologista. É preciso consultar um médico, que irá acompanhar e indicar o melhor tratamento, considerando o perfil e histórico do paciente. Terapias em grupo, que contam com orientação de médicos e psicólogos, costumam apresentar ótimos resultados. Atualmente também existem opções de medicamentos que auxiliam na redução dos sintomas de abstinência da nicotina, terapias de reposição de nicotina e antidepressivos, que atuam no controle da ansiedade.
O tratamento não é fácil, mas os resultados são extremamente benéficos para a saúde. “Os primeiros sinais são a melhora no paladar e olfato. Pode parecer algo simples, porém as pessoas se impressionam como haviam perdido essas percepções”, revela Rafael. A curto prazo também já há melhora na frequência cardíaca e pressão arterial, maior disposição e melhora no desempenho sexual. O risco para desenvolver doenças diminui progressivamente, conforme a quantidade de cigarros consumidos anteriormente e saúde geral do paciente. “O importante é parar, o quanto antes”, aconselha o médico.
Fonte: Dr. Rafael Klas da Rocha Leal – CRM 37291 e Ministério da Saúde
Responsável Técnico CEME: Dr. Cleverson Gracia / CRM 7851
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