O diabetes é o distúrbio metabólico mais frequente e considerado uma doença crônica grave devido às complicações que pode causar no paciente. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 16 milhões de brasileiros tenham diabetes (2017). Em Curitiba o número de homens que sabem que têm diabetes é de 7,4% e o de mulheres 7,2%, segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017.
Os principais tipos de diabetes são o gestacional, o tipo 1 e o tipo 2. O diabetes tipo 1 é uma doença congênita autoimune que destrói as células produtoras de insulina e é tratado com reposição de insulina, medicamentos e hábitos saudáveis. No diabetes tipo 2 o pâncreas não libera insulina na quantidade suficiente, resultando no acúmulo de açúcar no sangue e falta nas células (hiperglicemia). Cerca de 90% dos casos são do tipo 2 e os principais fatores de risco são a obesidade e o sedentarismo.
Fome excessiva, boca seca, sede intensa, urinar com maior frequência, cansaço sem causa aparente, perda de peso e baixa resistência a infecções são alguns sinais que podem indicar o diabetes tipo 1. Já o diabetes tipo 2 costuma ser assintomático ou apresentar os mesmos sintomas do tipo 1, porém de forma muito mais sútil.
O diagnóstico precoce pode evitar maiores danos à saúde. Embora o diabetes tipo 2 ocorra principalmente em pacientes com mais de 40 anos, quem possui um ou mais fatores de risco deve buscar orientação médica e realizar exames diagnósticos. Quem tem histórico familiar de diabetes tipo 1 deve realizar exames regularmente desde a infância.
O diabetes causa disfunções como problemas vasculares nos olhos, nervos, rins e coração e, por isso, a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento são importantes e tão debatidos. “Com o objetivo de melhorar o apoio ao paciente, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) escolheu como tema de suas campanhas, em 2018 e 2019, a inclusão da família na prevenção e tratamento do diabetes”, revela Dra. Denise Beheregaray Kaplan, endocrinologista, diretora de educação em diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e diretora de educação da Domus Consulting. “A família deve servir de estímulo e apoio ao paciente na adoção de hábitos saudáveis e controle da doença”, completa.
Além do cuidado diário com o controle do índice glicêmico e dieta alimentar, os pacientes portadores da doença devem estar atentos a possíveis sinais de alerta para consequências mais severas da doença como cegueira, doenças renais e cardiovasculares e amputações de membros inferiores. O paciente deve realizar periodicamente exames oftalmológicos de retina, avaliações das funções cardiovasculares, hepáticas e renais, além de avaliação diagnóstica dos pés com o objetivo de verificar perda de sensibilidade e dores neuropáticas. “O acompanhamento periódico do paciente pelo médico endocrinologista e o suporte da família para o controle da doença e melhoria de hábitos saudáveis são os pilares para a qualidade de vida do paciente diabético”, completa a médica.
Fontes: OMS, Vigitel, SBEM e Instituto Lado a Lado pela Vida
Texto: Comunicação CEME
Responsável Técnico CEME: Dr. Cleverson Gracia / CRM 7851
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