Câncer de mama: a importância da prevenção e diagnóstico precoce


Desde o surgimento do movimento Outubro Rosa, na década de 90, o câncer de mama vem ganhando destaque nos meios de comunicação e redes sociais. Não é à toa, esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre as mulheres (cerca de 29,5% dos casos).

Além disso, a tendência é de crescimento no número de casos pois o avanço da idade é um dos principais fatores de risco e a expectativa de vida da população do País vem aumentando progressivamente. Por isso, confira as informações da ginecologista do Centro de Especialidades Médicas Ecoville (CEME), Dra. Elisa Chicareli Pinhat.

Sintomas

“Nos estágios iniciais, o câncer de mama é assintomático. Por isso, o risco da doença evoluir antes de ser detectada é muito grande”, alerta a médica. Conforme o câncer avança é possível sentir uma espécie de caroço endurecido nas mamas, muitas vezes fixos. Inchaço, vermelhidão local, retração da aréola e saída de secreção do mamilo são sintomas percebidos em estágios mais avançados na doença. “O clássico sinal da pele com aspecto de casca de laranja, comumente divulgado, indica um estágio ainda mais evoluído”, completa Dra. Elisa.

Diagnóstico

Embora o autoexame seja amplamente incentivado durante as campanhas de prevenção, ele só detecta o câncer em estágios mais adiantados. Já a mamografia, exame radiológico para avaliação das mamas, consegue identificar pequenas lesões benignas e malignas, o que permite um diagnóstico precoce. Quando um nódulo é descoberto logo no início, com tamanho menor que um centímetro, as chances de recuperação são de até 95%.

Segundo a ginecologista, a indicação é que mamografia seja realizada anualmente, a partir dos 40 anos de idade. Para as pacientes com as chamadas “mamas densas”, que contém grande quantidade de ductos mamários, fator que pode limitar a avaliação da mamografia, pode ser indicada uma ecografia como exame complementar.

“O autoexame deve ser realizado mensalmente, complementando nossos cuidados com a saúde, mas a paciente deve consultar seu ginecologista uma vez ao ano, pelo menos, e realizar todos os exames indicados”, orienta Dra. Elisa. “O diagnóstico precoce pode salvar uma vida”.

Fatores de risco

São vários os fatores que podem predispor ao câncer de mama, sendo o avançar da idade um dos principais. Cerca de quatro em cada cinco casos, acontece em mulheres com mais de 50 anos. Muitos casos estão associados a alguns fatores hormonais ou da vida reprodutiva como menarca (primeira menstruação) antes dos 12 anos, não ter tido filhos ou amamentado, ter gerado o primeiro filho após os 30 anos e tratamento para reposição hormonal.

Aspectos comuns a outros tipos de cânceres como obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e exposição frequente a radiação, também predispõe ao câncer de mama. Alguns tipos de mutações genéticas hereditárias são facilitadoras para o surgimento de câncer de mama, principalmente nos casos que ocorrem em mulheres jovens de uma mesma família ou em homens. Entre 5% a 10% do total de casos são de origem hereditária.

Prevenção e alertas

Assim como os demais tipos de cânceres, as principais medidas são: controle de peso, alimentação saudável, prática de exercícios físicos, evitar o tabagismo e consumo de álcool. Para o câncer de mama, a gestação e a amamentação também são importantes fatores protetores.

“Prevenir é muito importante, mas o diagnóstico precoce é fator determinante para o resultado do tratamento de qualquer tipo de câncer”, comenta a ginecologista. Outros tipos câncer também merecem atenção especial. O câncer de pele não melanoma é o mais prevalente entre homens e mulheres. Os de intestino correspondem a 9,4% dos casos, colo de útero a 8,1%, pulmão a 6,2% e de tireoide a 4%.

 

Fontes: Dra. Elisa Chicareli Pinhat (CRM 29261), INCA e Sociedade Brasileira de Mastologia

Responsável Técnico CEME: Dr. Cleverson Gracia / CRM 7851

O Mab Scalabrini é um Centro Médico construído para abrigar saúde de referência, acomodando várias especialidades na área da medicina.