Alerta: fique de olho nas alterações da sua pele


Uma pinta com bordas mal definidas e múltiplas cores ou com crescimento rápido e sintomas como coceira e sangramento espontâneo são os sinais de alerta mais conhecidos da população, quando se pensa em câncer de pele. Porém, segundo o dermatologista Dr. Accioly Lopes Galvão Netto, do Centro de Especialidades Médicas Ecoville (CEME), há inúmeros sinais que podem indicar a doença. “É importante observarmos atentamente nossa pele e verificar qualquer alteração de textura e coloração, bem como feridas que não cicatrizam”, alerta o médico.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele responde por 33% dos diagnósticos da doença no Brasil, sendo registrados anualmente cerca de 180 mil novos casos. Os cânceres são divididos em melanoma (mais graves e mais raros) e os “não melanoma”, de menor gravidade, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular e o espinocelular.

O melanoma comumente surge como pintas ou sinais acastanhados ou enegrecidos em áreas como pernas, tronco, pescoço e rosto. Já o carcinoma basocelular, que na maioria das vezes aparenta uma pápula vermelha com uma crosta central, surge geralmente em regiões mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Já o espinocelular, pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora também seja comum nas áreas mais expostas ao sol. As regiões afetadas geralmente apresentam sinais de dano solar como enrugamento, alteração na pigmentação e perda de elasticidade.

Casos de câncer de pele na família, principalmente em parentes de grau próximo, aumentam a predisposição à doença. Outro fator que serve de alerta é o fototipo cutâneo. Pessoas com menor produção de melanina, como os ruivos e loiros de olhos claros, possuem maior probabilidade de desenvolver a doença. Independentemente do grau de risco, qualquer alteração na pele deve ser avaliada por um dermatologista, pois quanto antes a doença for diagnosticada, melhores as chances de tratamento.

Segundo Accioly, quando há suspeita da doença o mais indicado é realizar uma biópsia (retirada parcial ou total da lesão para análise). O tratamento corresponderá ao tipo de câncer e gravidade do caso, variando desde uma simples retirada cirúrgica até sessões de quimioterapia. Uma nova opção de tratamento é a imunoterapia, que consiste no uso de medicamentos para modular o sistema imunológico do paciente para que combata o tumor.

Todas as pessoas estão sujeitas a desenvolver o câncer de pele, visto que além da hereditariedade, a interação com radiação, principalmente a solar, são as principais causas do desenvolvimento da doença.  “Não temos como alterar os fatores genéticos, mas podemos contar com um poderoso aliado na prevenção: o filtro solar”, alerta o dermatologista. E não basta lembrar do protetor apenas nas estações mais quentes ou dias ensolarados, pois a radiação solar não é completamente filtrada pelas nuvens mesmo nos dias mais nublados.

Prevenção, observação e check ups periódicos são as melhores formas de cuidar da saúde. Quem não tem histórico pessoal ou familiar pode consultar um dermatologista a cada doze meses ou em um prazo menor, se suspeitar de algo. Já quem tem maior risco, deve se consultar a cada três ou seis meses, conforme orientação médica.

Responsável Técnico CEME: Dr. Cleverson Gracia / CRM 7851

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